Acompanhando o trabalho das irmãs Yousaf desde 2011, um dos destaques do ex-trio e atual duo era ser um dos poucos grupos (se não único) a cantarolar nos beats insanos do Drum&Bass e Dubstep. Mesmo com um ou outro single puxando pro lado pop do EDM (os que mais faziam sucesso, é claro) a maioria das faixas eram pesadas e tinham um drop mais punk rock. 95% do álbum GET WET diga-se de passagem.
No Brasil, a dupla tem um fã clube pequeno, mas fiel e que sempre pede a presença delas nos festivais por aqui. Nosso país já é considerado como uma segunda casa, onde elas se apresentam anualmente desde 2014 - Lollapalooza @ SP (2014), EDC @ SP (2015) Ultra Music Festival @ RJ (2016).
Após 2 álbuns lançados entre 2012 e 2013, algumas intrigas resultaram na saida do DJ/Produtor Kris Trindl do grupo em 2014. (entrevista da VICE para entender o que rolou caso não esteja por dentro) Então, até que toda papelada burocrática fosse assinada e resolvida, elas entraram em um período de hiato sem apresentações, músicas ou updates em redes sociais.
Quando tudo foi resolvido, nesse ponto da carreira, as meninas se viram obrigadas a investir e buscar uma nova identidade no projeto para anunciar sua volta. Este retorno foi marcado pelo single ‘’Say Goodbye’’ em dezembro do mesmo ano, com uma pegada ainda mais agressiva do drum&bass/dub/punk/rock e com a adição importantíssima de uma banda com 2 guitarristas e 1 baterista em suas performances ao vivo, consolidando de fato o seu retorno em uma nova fase.
Mas Logo em seguida, no EP ‘Ammunution’ lançado em 2016, das 6 faixas, apenas 1 seguia a mesma linha de som, sendo quase todas com a tonalidade voltada ao trap music.
O trap é uma das sub vertentes mais próximas do dub, o que deve ter levando o público a se adaptar mais facilmente a essas mudanças. Mas nem todos os fãs acharam isso.Krewella chegou a brincar lançado uma paródia de uma música do Kanye West em forma de desabafo.
“’I miss The old Krewella I Hate the new Krewella’’
Isso realmente está longe de ser uma coisa ruim, ou seja, é normal artistas buscarem e se identificarem com novos estilos, principalmente na música eletrônica, onde você é rodeado de vertentes e subvertentes em todos os cantos. Quando você precisa transmitir novas emoções, principalmente quando se canta, isso é ainda mais importante.
Hoje, 06/08/2017, o álbum New World, foi lançado com 7 faixas, que sequer tem indícios de drum&bass ou dubstep nelas, e nem por isso há perda de identidade, pelo contrário, acredito que essa seja uma evolução do Krewella como um todo.
Krewella acertou em New World ao se encontrar com essas novas misturas de ritmos futurísticos do EDM que combinam perfeitamente beats fortes e snares marcantes com suas vozes. Mas quem sabe não temos deslumbre do ‘’Old Krewella’’ na parte 2, que provavelmente deve sair no final do ano. Sempre espere música boa vindo delas. 😉
‘’FELIZ 6/08/17! Há sete anos, deixamos a faculdade e nossos empregos secundários para nos dedicarmos ao Krewella. Em homenagem aquele dia, lançamos nosso mais novo EP hoje. Nós colocamos nossos corações e almas nisto, cavamos em nossas raízes culturais e experimentamos ainda mais. Estamos orgulhosas de anunciar que o New World Pt. 1 EP é o nosso primeiro lançamento independente em 5 anos, agora em nossa própria label “Mixed Kids Records” — É libertador criar arte com a mente aberta, sem expectativas. Mal posso esperar para vocês ouvirem cada música e nos dizer como elas fazem você se sentir. Obrigado krew por nos apoiar sem parar ao longo desta jornada! — jahan & yasmine (via @krewella)
Escute a primeira parte do novo álbum com 7 faixas.
Spotify: http://spoti.fi/2r4xNyl ou no player logo a baixo.